sábado, 31 de julho de 2010

Poesia ao fresco da noite em Espinho



Actuação da ONDA POÉTICA na Feira do Livro de Espinho, no dia 28 de Julho 2010.
Tema: MALDITA POESIA.

Para além de residentes da tertúlia, vários espontâneos se propuseram ler poemas. A moldura humana foi deveras encorajadora: notou-se a presença de gente de Lisboa, Viseu, Ovar, Gondomar, Porto, Gaia e de outras localidades.

Coordenação de Anthero Monteiro
Organização da C M Espinho e da Calendário das Letras
Local: nova alameda sobre a via-férrea.

As fotos utilizadas neste vídeo são da autoria de Ana Almeida Santos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sete vezes sete nuvens de Anthero Monteiro no Púcaros Bar

Foi assim no dia 21/7 no Púcaros Bar, nas Arcadas de Miragaia, em frente à Alfândega do Porto. Bar repleto. O editor da Corpos Editora e da Egoiste, chancela sob a qual surgiu o livro de Anthero Monteiro - Sete Vezes Sete Nuvens - abriu a sessão para falar exactamente dessa nova chancela como algo que privilegia os autores mais conceituados.

Anthero Monteiro, o autor, deu algumas explicações sobre a estrutura formal do seu livro, dissertou sobre o número Sete e a sua relevância em todos os aspectos da cultura e resumiu o que sobre a sua nova obra fora dito e escrito por outros, acabando por agradecer a todos quantos permitiram esta edição e este acto público de lançamento.

A sessão prosseguiu com a leitura de poemas do livro pelo autor, por Ana Almeida Santos, Cláudia Pinho e por alguns dos presentes que para tal se voluntariaram.

Abrilhantou o convívio o cantor Carlos Andrade com a sua viola acústica e canções ao gosto do autor.

E a noite poética prosseguiu como sempre acontece no Púcaros Bar, na passagem da quarta para a quinta-feira até cerca das duas e meia da matina.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quartas Mal Ditas de ontem / Agradecimentos



Sessão de 28/07/2010.
Homenagem a Eugénio de Andrade, no 5.º aniversário da sua morte.
Coordenação/Guião de Anthero Monteiro
Leituras por: Anthero Monteiro, António Pinheiro, Cláudia Pinho, Diana Devezas, Isabel Marcolino, Luís Carvalho, Mário Vale Lima e Rafael Tormenta
Música por: João Sousa (Verme) e Xassbit
Convidado especial: Dr. António Oliveira, autor de uma tese de doutoramento sobre Eugénio de Andrade.

Agradecimentos:

Concluída assim a temporada poética (a próxima sessão será no dia 27 de Outubro próximo - tema a designar), resta ao Coordenador agradecer:

- aos colegas da tertúlia que têm participado nas leituras e nos debates;

- aos amigos e amigas que são já moldura viva, participativa e fiel nas nossas sessões;

- ao restantes elementos do público, muitos deles "obrigados" a vir de longe para completar a referida moldura;

- aos artistas, escritores, poetas que têm acedido a animar as sessões com a sua presença e participação activa.

Um abraço especial de reconhecimento ao nosso colega Mário Vale Lima, que se empenhou profundamente para que esta última sessão, sobretudo no que toca ao nosso convidado especial, tivesse sido possível.

O nosso obrigado, uma vez mais, a Maria José Veiga, pela colaboração na sessão e pelas imagens que colocou e fomos "pescar" no Youtube.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Maldita Poesia na Feira do Livro de Espinho

Quinta-feira, 29 de Julho, pelas 21.30 horas, o colectivo da Onda Poética realiza a sua sessão de Julho excepcionalmente na Feira do Livro de Espinho, no espaço deixado livre sobre a via-férrea, entre as ruas 19 e 23.

O tema desta sessão será

MALDITA POESIA

Divulga,
Comparece,
Participa.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Memória de Eugénio de Andrade nas Quartas Mal Ditas


















Quarta-feira, 28 de Julho, 22 horas, no Piano-Bar do Clube Literário do Porto, EUGÉNIO DE ANDRADE - POESIA LUMINOSA, uma pequena homenagem ao Poeta pelo colectivo das Quartas Mal-Ditas.

Leituras por Anthero Monteiro (coordenador), António Pinheiro, Cláudia Pinho, Diana Devezas, Luís Carvalho, Mário Vale Lima e Rafael Tormenta.

Colaboração musical de João Sousa e Xassbit.

Convidado especial: Prof. António Oliveira,
autor de uma tese de doutoramento sobre o poeta.


Quartas Mal Ditas - Poesia, Música, Conversas

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PASSEIO ALEGRE


Chegaram tarde à minha vida

as palmeiras. Em Marraquexe vi uma

que Ulisses teria comparado

a Nausica, mas só

no jardim do Passeio Alegre

comecei a amá-las. São altas

como os marinheiros de Homero.

Diante do mar desafiam os ventos

vindos do norte e do sul,

do leste e do oeste,

para as dobrar pela cintura.

Invulneráveis — assim nuas.


Eugénio de Andrade, Rente ao Dizer


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Novo livro do poeta Fernando Morais

Amanhã, 24/7, pelas 16.30 horas, no Ateneu Comercial do Porto, Rua Passos Manuel, n.º 44, apresentação do novo livro de poesia de Fernando Morais, intitulado AO POVO DO MUNDO, uma edição da Temas Originais.

A apresentação estará a cargo de Anthero Monteiro.

Saiba nais sobre Fernando Morais neste blogue, in:

http://pracadapoesia.blogspot.com/search/label/Fernando%20Morais

Romance de Carlos Maduro: "A Corda de Judas Iscariotes"





Leia mais informações sobre este romance histórico de Carlos Maduro in
Outro dados sobre o autor in

terça-feira, 20 de julho de 2010

SETE VEZES SETE NUVENS no Púcaros Bar


Desta vez, as nuvens vão pairar sobre o Porto, mais propriamente nas Arcadas de Miragaia, em frente à Alfândega, por volta das 23 horas de amanhã, 21/7.

Leituras de poemas do livro.

Música por Carlos Andrade, na guitarra acústica.

Segue-se a habitual noite poética que se realiza todas as Quartas-Feiras há mais de 13 anos no Púcaros Bar.

domingo, 18 de julho de 2010

Último livro de Anthero Monteiro na revista Notícias Sábado (NS') de 10/7















Sete Vezes Sete Nuvens
Anthero Monteiro
Egoiste

Nos sete capítulos que dividem o livro, Anthero Monteiro desfia a sua visão do mundo em poemas que revelam um desejo comunicacional não tão frequente como isso na poesia portuguesa de hoje.

Das memórias da infância ao (des)amor, o universo poético do autor de Desesperânsia é marcado por uma interpelação serena do quotidiano, embora assuma um tom de maior inquietude quando aborda a relação com o divino:

«Deus escreve torto/ e erra como os mortais / e aos deuses /
é impossível perdoar».

In NS' - Notícias Sábado n.º 235, 10/07/2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

SETE VEZES SETE NUVENS: lançamento em Espinho














se reconheço em mim

algum dom é apenas o de saber fabricar nuvens

mas não sei se elas chovem depois nem onde chovem

sei apenas que como todas as nuvens

troteiam nas estepes azuis como promessas

ou lançam-se à desfilada como terríveis ameaças


(De "Prefácio embrulhado em nuvem" in Anthero Monteiro, SETE VEZES SETE NUVENS)


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Tudo se cumprirá - assim espero - na próxima sexta-feira, dia 16 de Julho, pelas 21.30
horas, na Biblioteca Municipal de Espinho (ao lado do HOTEL PRAIAGOLFE, nas traseiras da Piscina Solário Atlântico, a alguns metros da Praia da Baía).

Aí será lançado o meu novo livro, com chancela da Egoiste, com apresentação do escritor e jornalista SÉRGIO ALMEIDA e leitura de alguns poemas.

Como todos imaginam, o autor ficaria imensamente feliz com a companhia dos seus amigos e amigas.

Anthero Monteiro


terça-feira, 6 de julho de 2010

O pecado muitíssimo original






(Desta vez um texto em prosa, para variar:)








Nos princípios do princípio de Tudo, Deus criou, entre muitas outras árvores, a árvore da ciência do bem e do mal e deixou-a frutificar no jardim do Éden.

E Deus contemplou a sua obra e viu que a árvore da ciência do bem e do mal era boa: dava maçãs golden, variedade americana, em homenagem aos crentes que costumam cantar fervorosamente God save America.

O Senhor Deus provou aquele fruto e achou que era bom. Logo ficou ciente de todo o bem e de todo o mal e aprendeu latim num minuto, que é uma fracção diminuta de eternidade. Por isso chamou à maçã pirus malum, que parece querer dizer mais ou menos isto: de mal a pior.

Como o único emprego de Adão era passar filmes pornográficos no cinema Éden, filmes que afinal só ele via, o Senhor Deus encheu-se de compaixão e convidou-o a cultivar e a guardar o jardim (não se sabe bem de quem, como é evidente). Devia, além do mais, preparar-lhe a sidra com os melhores frutos daquela macieira.
Adão tinha assim o sustento garantido, pois podia comer do fruto de qualquer das árvores do jardim, exceptuando da árvore da ciência. Deus dissera “no dia em que dele comeres, morrerás”, pelo que Adão ficou convicto de que seria enforcado no ramo mais alto da macieira.

Adão encheu-se de tristeza por causa do fruto proibido e da ganância divina que exigia para si todos os frutos e toda a ciência. E Deus quis compensá-lo. No outro dia ao acordar, Adão, que sonhara ter sido vítima de um transplante de medula óssea, deparou com um belíssimo presente: uma mulher.

Deus contemplou a sua obra e achou que era assim-assim: ele nunca gostou de mulheres, caso contrário teria criado Eva em primeiro lugar. Outra hipótese é que, afinal, não era um ser tão perfeito quanto isso, capaz de fazer coisas perfeitas, e quis treinar com o homem. Adão, esse apreciou bastante a obra do criador, tanto mais que estava nua, embora não apreciasse lá muito as tatuagens que ela tinha à volta do umbigo e os piercings que usava no bico dos seios.

Mas Deus, que passava o tempo a criar coisas, para dizer, ao contemplá-las, que todas eram boas, criou também o bicho da maçã e transformou-o em serpente ou cobra.
E contemplando a sua cobra achou que era boa para rastejar e enganar qualquer um com a sua astúcia.

Foi o que a serpente logo tentou fazer:

- Eva! Eva! Leva uma maçã!

- Obrigada, mas não me maces com a maçã, que é proibido colher.

- Quem disse tal coisa?

- Adão já me advertiu de que o Inventor de Maçãs não o permite. É pecado!

- Esse é um pecado muitíssimo original... Mas o Senhor Deus não proibiu que apanhassem as maçãs do chão, pois não? Devo dizer-te que esta fruta é extremamente depurativa, combate a disenteria, a dispepsia, a colite, os cálculos da vesícula, a gota, o reumatismo, a ciática, a eczema e proporciona um sono tranquilo e reparador.

- Onde aprendeste isso tudo? Estudaste medicina?

- Não sabes que, quando não estou aqui no Éden, passo o tempo à porta das farmácias e ouço todas as conversas? Até sei que há um ditado americano que diz “An apple a day keeps the doctor away”. E Deus não vai querer que a sua obra adoeça.

Eva, convencida, e vendo que o dono do jardim tinha adormecido profundamente, exausto de tanta criação e bêbado de sidra, apanhou uma das maçãs caídas da árvore da ciência e logo lhe tirou uma trinca.

Olhou o que sobejava e descobriu, naquele relance, a maçã digital da Macintosh.

Chamou o companheiro e deu-lhe a provar o fruto proibido. Adão provou:

- Não gosto de maçãs como essas. Prefiro camoesas – disse.

- Pois eu ainda assim gosto mais das reinetas. São óptimas para fazer tarte. Só é pena Vovó Donalda ter ido definitivamente para Patópolis. Ela é que sabia fazer tartes de maçã. Nem entendo muito bem por que razão foi despedida.

Adão cuspiu a maçã mastigada no caixote do lixo, por causa de um letreiro que dizia:
“Mantenha limpo o paraíso. Para isso é que ele foi criado.”

Aliás, o jardim ostentava letreiros por todos os cantos:

Proibido colher flores! Proibido calcar a relva! Proibido foguear! Proibido fazer piqueniques! Proibido colar cartazes! Proibido dormir nos bancos! Sentido proibido! Proibido caçar! Proibido pescar! Proibido pecar! Proibido fazer amor! O amor já está feito! Deus é Amor!

E, para prová-lo, Deus acordou naquele instante com uma ressaca dos diabos.

- Diabos me levem! – trovejou ele de cima de uma nuvem negra não prevista pelo Boletim Meteorológico e que ele fez num ápice com o fumo do seu cachimbo – Diabos me levem se não falta ali uma maçã!

- Forreta! – pensou Adão – Queres ver que ele andou a contar as maçãs. Até as que caíram ao chão!

- E eu que julgava que ele era um gajo porreiro! – pensou Eva.

- Acho que vou castigá-los com um dilúvio! – pensou Deus, mas logo se arrependeu. Ia agora gastar 50 ou 60 barragens só para afogar duas pessoas... Deixa juntar mais algumas e depois veremos como é, ou no é!

E o Senhor Deus decidiu amuar durante quarenta dias e quarenta noites. Foi assim que nasceu a Quaresma.

Anthero Monteiro
in Maçãs com Bicho (inédito)

sábado, 3 de julho de 2010

LER PARA CRESCER - o livro da Escola EB1/JI da Bandeira




















































Foi apresentado ontem o livro LER PARA CRESCER da autoria de alunos, professores e educadores da Escola da Bandeira, em Vila Nova de Gaia.

Intervieram na sessão, muito participada por professores, educadores, encarregados de educação e alunos, a Coordenadora da Escola, Prof.ª Augusta Câmara, um representante da Corpos Editora - o escritor Anthero Monteiro -, o Director do Agrupamento de Escolas, Dr. Filinto Lima, que apresentou o livro, e três alunas - a Sofia, a Catarina e a Bárbara - que leram alguns dos textos.

O livro nasceu das actividades decorrentes de uma Feira do Livro, realizada na escola, e da visita de escritores, nomeadamente do poeta Anthero Monteiro, que, por iniciativa da sua editora, fez a proposta da publicação do livro e acompanhou o projecto.

Só uma pequena amostra:

A história começa
Os olhos brilham
Viajo pelas páginas
com a emoção da descoberta
São as letras que se juntam
em palavras e frases
Já estou dentro da história
no meu sonho de saber
Que bom é ter
um livro para ler!

Trabalho de grupo - 4.º A

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Fotos das Quartas Mal Ditas de ontem

























































































































































































Sessão mensal das Quartas Mal Ditas, coordenadas por Anthero Monteiro

Leituras também por Ana Afonso, António Pinheiro, Isabel Marcolino, Luís Carvalho, Mário Vale Lima e Rafael Tormenta.
Tema: Poesia & Matemática.
No piano: José Veloso Rito.
A sessão iniciou-se um pouco a medo, como se fosse para um aula de Matemática, mas, de repente, quase sem se dar por ela, a sala estava repleta.
Foram lidos poemas sobre os números, as operações, a geometria e as recordações da infância relacionadas com a Matemática, tendo sido produzidos, para além disso, vários interessantes testemunhos a propósito.
A sessão saiu imensamente enriquecida com a participação musical de José Veloso Rito que interpretou vários peças ao piano, as quais foram muito apreciadas pelo público.

Foi anunciada a próxima sessão das QMD para o dia 28 de Julho. Tratar-se-á de uma pequena homenagem a Eugénio de Andrade, no 5.º aniversário do seu desaparecimento.