terça-feira, 1 de setembro de 2015
Contrastes
todo
este céu que alguns momentos dura
esta
infinita eternidade exígua
este
sabor que perpassou na língua
o
pressentir que todo o mal tem cura
este
sorrir que me visita os lábios
que
anda comigo à hora imprevisível
porque
os meus olhos viram o invisível
e
passei a saber mais do que os sábios
e por
coisas banais muito pequenas
sinto-me
grande às vezes e possante
só
por aquele afortunado instante
em
que mesmo de longe tu me acenas
não
me acena o futuro não sorri
e se
sorrio é só porque sou doido
é um
infinito inferno este céu todo
e
tudo isso vem de ti de ti
vivo
assim dentro desta colisão
de
forças de gigantes tão adversos
onde
morrem e nascem universos
onde
é ínfimo e é enorme o coração
Anthero
Monteiro
16/06/2010