Publicou o primeiro livro de poemas Há Violinos na Tribo, em 1989, apenas com 22 anos, a que se seguiram Rua Trinta e Um de Fevereiro (1991), Este Lado para Cima (1994), Lugares Comuns (2000), 3 (poesia 1987-1994), em 2001, Rés-do-Chão(2003), Luz Última (2006) e A Parte pelo Todo (2009). Todos estes livros tiveram reedições, mas encontram-se agora agrupados na coletânea recentemente publicada pela Quetzal, Poesia Reunida, o que nos possibilita apercebermo-nos com mais facilidade do percurso poético do autor.
José Mário Silva escreveu no Expresso, a propósito deste livro, que o autor «só sabe escrever «de dentro da vida» (expressão que é do pp. Poeta) e faz sempre da vida (e da escrita) uma celebração.»
Também Pedro Mexia fala da poesia do João Luís como «uma reiterada capacidade de escrever sobre matéria jubilosa». Maria Alzira Seixo refere-se ao trabalho artístico do poeta como “mestria de composição” e Fernanda Botelho atribui-lhe «um impressionismo reflexivo e uma sensibilidade metafórica não muito comuns».
O magazine literário on line 3:AM refere-se à sua obra como «uma referência» e «um trabalho do que há de melhor nas letras portuguesas contemporâneas».
José Ricardo Nunes, no posfácio do livro, resume assim as características da poesia do João Luís: «a presença do real, numa explosão de vida, em todas as dimensões – pessoais, sociais, éticas; a atenção ao quotidiano, ao que surge à superfície dos dias e é facilmente reconhecível; o constante apelo ao leitor e a exigência da sua participação activa.» Humor, ironia, domínio da língua e da função poética da linguagem em todos os sentidos, brevidade e concisão, coloquialidade, são outras das suas virtudes. Mas o que mais deverá agradar-nos é poder verificar que tudo o que escreveu o fez com verdadeiro sentido lúdico e gozo estético e que é capaz de dar a usufruir esse prazer e deleite a quem o lê.