
A musical ordem do espaço,
a manifesta verdade da pedra,
a concreta beleza
do chão subindo os últimos degraus,

a luminosa contenção da cal,
o muro compacto
e certo
contra toda a ostentação,

a refreada
e contínua e serena linha
abraçando o ritmo do ar,
a branca arquitectura
nua
até aos ossos. Por onde entrava o mar.
Eugénio de Andrade