segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tema de Maio: MEDIR O TEMPO


Novo mês. Novo tema. É sempre difícil a escolha. E, por isso, às vezes demoramo-nos à espera, perante mil janelas, na indecisão de abrir uma só.
E o tempo a passar... Os segundos, os minutos, as horas, os dias sempre a desfilar, numa procissão que não pára.

É isso: o tempo. A vida a escoar-se, inexorável, e nós a consultar o relógio, como um saco roto que deixa cair todas as dádivas dos deuses, ou um recipiente partido com a água a sumir-se e a infinita sede a tomar conta de nós, a desvairar-nos, na perspectiva da folha ressequida, que não evitará tornar-se em pó.

E mede-se o tempo, para trás, aqueles segundos de respiração de que se ri a eternidade....
E mede-se o tempo para o adiante que julgamos pertencer-nos e que sabemos de antemão nos será roubado...

E consultamos de novo o relógio, todos os relógios que o homem inventou e que não conseguem devolver-nos o tempo vivido, o tempo emprestado, o tempo sempre sonegado...

São dez para as 14 horas. Os próprios ponteiros arremedam asas para nos lembrar uma vez mais que o tempo voa...

E, enquanto ele voa - e outra coisa não sabe fazer -, prossigamos, este mês também com poemas, a...

...MEDIR O TEMPO.