quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

À figueira da Quinta de S. Pedro – S. Lourenço, Azeitão – pedindo à sua dona que nunca a deixe morrer




Natureza morta
com figos, de
Luis Eugenio Melendez
(1716-1780)


Foto in
www.ceja.educagri.fr/




Na profusão dos gestos, a presença: a figueira.
Merecia ir à piscina tomar banho, a figueira.
Merecia mais que muita gente,
que, semovente,
passarinheira,
não passa afinal de estar à beira.

Com seus braços,
nadaria, ao mesmo tempo, em todos os sentidos,
seria a presença inteira
(e nunca, meu Deus!, a D. Maria
ou a D. Fernanda Figueira…)

- Generosa figueira,
quando estiveres doente quem te deita?

Alexandre O´Neill, Coração Acordeão, 1973