quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

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A Macieira,
de Gustav
Klimt




Foto in
http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/106_klimt/index.shtml


Este é o poema de uma macieira.
Quem quiser lê-lo,
Quem quiser vê-lo,
Venha olhá-lo daqui a tarde inteira.

Floriu assim pela primeira vez.
Deu-lhe um sol de noivado,
E toda a virgindade se desfez
Neste lirismo fecundado.

São dois braços abertos de brancura;
Mas em redor
Não há coisa mais pura,
Nem promessa maior.

Miguel Torga