sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
O velho poeta
Eugénio de Andrade
a quem o poema de
Jorge Sousa Braga
é dedicado
O seu desejo era que plantassem
um espinheiro numa nesga de
terra frente ao mar e ao rio
e que ele florisse nem
que fosse uma única vez
Esse espinheiro protegê-lo-ia
mais do frio que um edredão
A nesga de terra continua lá
e o mar e o rio e a manhã
Só o espinheiro e o poeta
é que não
Jorge de Sousa Braga