quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tema de Novembro: CARPE DIEM






Foto
Anthero Monteiro









Concluído o tema de Outubro, "Poesia para Comer... e Beber", no qual foram incluídos mais de cinco dezenas de textos, foi indispensável um pequeno interregno de alguns dias para encontrar um novo tema para o novo mês.
E a opção tomada é, afinal, uma solução de continuidade; um e outro tema são, como se verá, adjacentes e complementares. Ou, se preferirmos, o de Novembro engloba o anterior, pelo que poderia ser reformulado para " Comamos e bebamos que depois morramos" (como me ensinou o meu ilustre amigo Mário Vale Lima, colaborador das Quartas Mal Ditas, informando-me que a expressão pertence a poetas goliardos, possivelmente a algum dos poemas da Carmina Burana de Carl Orff).

Novembro, começa sob o signo da morte e com a homenagem que todos prestam aos seus entes desaparecidos, nos campos-santos onde jazem os despojos do que foram.

O pensamento não pode ficar imune ao deprimente espectáculo, e as próprias flores, depositadas sobre o mármore, agora garridas, logo mirradas, aprofundam essa imagem de inelutável finitude.

Tudo passa e, por isso, há que construir permanentes ainda que pequenas eternidades, para estribar o sentimento de que, todavia, vale a pena viver.

É obrigatório, pois, aproveitar cada dia, colher cada momento e saboreá-lo como um fruto, na certeza de que, se o não gozarmos, ele logo apodrecerá.
Tentaremos, assim, que a colectânea de poemas deste mês ilustre esta ideia, geralmente traduzida pela expressão latina...


CARPE DIEM.