sábado, 9 de janeiro de 2010

Sexta-Feira







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E porque é sexta-feira, o tempo escorre. Corre.
Trabalhar é flutuar rumo à tardinha. Que chega, breve.
Fim de expediente. Caminho de casa.
Chuveiro frio. Sabonete. Hidratante. Roupão.
O telefone. Investigar possibilidades. Todas.
Vestido, preto. Perfume, pouco. Maquiagem, leve. Na boca, só brilho: gloss.
Um quê de charme. Mistério.
A turma, o bar, a música. Jazz, quase sempre.
Conversa fácil, vinho branco. Às vezes, uísque. Ou gin. Depende.
Vez em quando, dançar. Rosto colado, suor, desejo. Batom borrado.
Namorado?
Madrugada adentro. Quase aurora.
Entre lençóis.
Então, é sábado. Que nasce da sexta. E é quase o mesmo.

Márcia Maia
(poema fornecido pela autora do Recife - Brasil)