quinta-feira, 25 de junho de 2009
Canção do suicida
De repente, não sei como
Me atirei no contracéu.
À tona d’água ficou
Ficou dançando o chapéu.
E entre cascos afundados,
Entre anênomas azuis,
Minha boca foi beber
Na taça do Rei de Tule.
Só minh’alma aqui ficou
Debruçada na amurada,
Olhando os barcos… os barcos!…
Que vão fugindo do cais.
Mário Quintana, Canções,
São Paulo, Editora Globo, 2005
Ver outras versões da célebre balada de Goethe ou outros poemas nela inspirados, imediatamente antes e depois deste post.