sábado, 13 de junho de 2009

Tema de Junho: MARESIA / POESIA








Foto: A.M.






Sim, já cheira... Paira no ar uma nova poesia. Uma voz que nos chama e é quase inelutável. Um íman irresistível. Sente-se nas narinas, mas também na pele, no ritmo mais apressado da respiração, na luz mais penetrante que vem do ocaso.

E todos os caminhos vão dar a uma toalha que se estende ao lado da imensa toalha líquida. Os poetas sentem-se impotentes, como qualquer mortal, ao olhar esse infinito de inquietude. As horas passam e apenas o sol sabe ir manchando a folha branca.

Só muito tarde, os poetas concluem que é melhor arremedar nesse papel as ondas que vêm, uma a a uma, paralelamente, fazer-lhes mesuras. E escrevem linhas também paralelas, a que chamarão versos depois.

Versos, talvez, mas que eles sentem sempre não serem a verdadeira poesia, a indizível poesia que vem beijar a terra...

E cresce aquele aroma intraduzível, ondeando nos espaços...


Esse é o tema para o mês de Junho, que já vai avançado:

MARESIA / POESIA
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Falaremos, pois, do mar, das praias, dos barcos, dos búzios, dos peixes e das sereias e dos atlantes, dos pescadores e das pescadas, dos homens-rãs e das mulheres-sapos e dos surfistas, das anémonas e das estrelas e constelações do mar, das ilhas, dos pélagos e dos arquipélagos, do Atlântico e da Atlântida, do infinito e de tudo o mais que nele couber e nos for surgindo no mar de livros que visitaremos.