sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Rifão quotidiano
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
Mário Henrique-Leiria, Novos Contos do Gin,
Lisboa, Editorial Estampa, 1999, 5.ª ed.
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No Minho e aqui, no Douro Litoral, as nêsperas são mais conhecidas por magnórios,
e a nespereira, por magnoreiro. Sempre lhes chamei assim desde petiz.
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Mário-Henrique Leiria,
POESIA PARA COMER... E BEBER