segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Anthero Monteiro: nota biográfica


Anthero Monteiro
coordenando uma
sessão de poesia no
restaurante Telegrapho,
no Palácio da Bolsa



Anthero Monteiro nasceu na vila de S. Paio de Oleiros, concelho de Santa Maria da Feira, em 1946.
Estudou na Congregação do Espírito Santo, em Viana do Castelo e em Braga, e concluiu os seus estudos secundários no Liceu Nacional de Aveiro.
Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Fez o Mestrado em Estudos Portugueses, na Universidade de Aveiro e publicou, na Roma Editora, de Lisboa, a respectiva dissertação – O Misticismo Laico de Manuel Laranjeira.
Foi, durante oito anos, funcionário dos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
Começou a lecionar Língua Portuguesa e Francês na Escola Preparatória, actual E.B. 2/3 Fernando Pessoa, em Santa Maria da Feira.
Foi, durante dois anos, orientador-delegado de estágios no Gabinete de Português da Direção-Geral do Ensino Básico, no Porto.
Prosseguiu a vida docente, até final da carreira, na Escola E. B. 2/3 Sá Couto, em Espinho.
Foi coordenador, durante cerca de 10 anos, na zona norte e centro do país, de uma experiência pedagógica, denominada ICAV – Iniciação à Comunicação Audiovisual.
Foi formador de docentes na área da Didática Específica de Língua Portuguesa, em vários centros de formação de professores (Santa Maria da Feira, Porto, Espinho, Oliveira de Azeméis e outros).
Publicou, em coautoria, oito manuais de Língua Portuguesa para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, no nosso país e em Cabo Verde (Editorial ASA e Porto Editora).
Colaborou ainda num dicionário de língua portuguesa (Porto Editora).
Escreveu, para publicações da especialidade, nomeadamente a revista Escola Democrática, o boletim IC da Direção-Geral do Ensino Básico e a revista Voz Activa do Centro de Formação das Escolas de Espinho, vários artigos de índole pedagógico-didáctica e ensaios literários. Destaquem-se ainda: «O Estereótipo na Comunicação» na revista Colóquio – Educação e Sociedade, da Fundação Calouste Gulbenkian, o ensaio «O Monstro-Barão, a Bela Adormecida e a Rosa Mística» na revista Forma Breve, da Universidade de Aveiro, além de vários ensaios publicados em O Primeiro de Janeiro e apontamentos sobre história local no jornal Diálogo e na revista Villa da Feira, da Liga dos Amigos da Feira.
Foi fundador e, durante dez anos, diretor do jornal regional Diálogo, da sua terra natal. Dirige há cerca de trinta e oito anos, a Biblioteca Pública de S. Paio de Oleiros, onde organizou colóquios, feiras do livro, encontros com escritores, visitas de escolas, sessões de cinema e de poesia e muitas outras iniciativas culturais.
Colaborou em vários periódicos regionais dos concelhos da Feira, Espinho e Ovar.
É supervisor editorial e gráfico da revista Villa da Feira, da LAF - Liga dos Amigos da Feira, onde publica assiduamente poemas e ensaios de cultura e história local.
No âmbito da Poesia, viu inseridos poemas seus, desde os 13 anos de idade, em vários jornais, só tendo publicado, porém, o seu primeiro livro em 1997.
Consta do Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa — O Livro É Uma História com Boca —, organizado pelo Instituto Piaget.
Consta também da Antologia Poetrix n.º 1, publicada no Brasil pela Editora Scortecci, em 2002, e na Antologia Poetrix n.º 3, da Livro.com, também no Brasil. Na modalidade de poetrix, viu poemas seus ficarem em primeiro lugar nos concursos realizados a nível internacional nos anos de 2002 e 2003. Foi, aliás, o primeiro autor a lançar um livro de poetrix em Portugal e na Europa - Esta Outra Loucura.
Faz parte ainda da antologia Histórias e Poemas para Pessoas Pequenas, da Porto Editora, coordenada por José António Gomes, com ilustrações de Maria Ferrand.
Consta também do Projecto Vercial, “a maior base de dados sobre a Literatura Portuguesa”.
Foi membro dirigente da Associação de Escritores de Gaia.
É responsável pela organização de várias tertúlias poéticas, nomeadamente: a Onda Poética, que iniciou, há cerca de 17 anos, as suas sessões na livraria Livramar, em Espinho, tendo passado, com a extinção da mesma, para a Biblioteca Calouste Gulbenkian daquela cidade, pouco tempo depois, para o Bar Dominó do Casino de Espinho, depois ainda para a sala das sessões da Junta de Freguesia de Espinho e finalmente, para a Biblioteca Municipal Dr. José Marmelo e Silva, de Espinho; o Quarto Crescente, iniciativa da Biblioteca Pública de S. Paio de Oleiros, atualmente denominado Magnólia; e as Quartas Mal Ditas que se realizaram, durante 3 anos, no Clube Literário do Porto, entretanto encerrado. Participou regularmente noutras tertúlias e recitais de poesia, designadamente nas noites poéticas do Pinguim, no Restaurante Telégrafo do Palácio da Bolsa, no Museu Soares dos Reis, no Café Piolho, nos Sentidos Grátis, em várias Juntas de Freguesia, bibliotecas, bares e restaurantes. Abriu durante cerca de uma década as noites de poesia do Púcaro´s Bar, nas arcadas de Miragaia, junto à Alfândega do Porto, todas as quartas-feiras, encerrado também com o falecimento do proprietário.
Escreveu vários prefácios ou notas introdutórias em livros de outros autores e fez a apresentação pública de vários livros de poesia, de ficção e de ensaio.
Participou em múltiplos colóquios, acções de formação e seminários pedagógico-didácticos, literários ou linguísticos, realizados em Portugal (Lisboa, Porto, Coimbra, Vila Real, Caldas da Rainha, Portalegre, Funchal, Angra do Heroísmo, etc.) e em França (Grenoble, Bordéus e Périgueux), para além de dezenas de escolas de todo o país.
Integrou uma linha de investigação sobre Anticlericalismo na Universidade de Aveiro, tendo participado em seminários sobre o tema e publicado os respectivos textos em revistas da mesma Universidade.
Tem integrado o júri de vários concursos literários realizados em Portugal e no Brasil.
É sócio honorário do Grupo Musical de S. Paio de Oleiros ("Tuna"), «devido a serviços relevantes prestados à coletividade» e, ainda da LAF - Liga dos Amigos da Feira, também "pelos serviços prestados" e pela "forma como se tem dedicado à Poesia, Ensaio, Investigação, Jornalismo, Dinamização Cultural em Tertúlias e Saraus, Declamação, Apresentação de Livros e como Diretor da Biblioteca Pública de S. Paio de Oleiros".
Foi galardoado com o Prémio Manuel Laranjeira na sua edição de 2004.
Em 2015, recebeu a Medalha de Ouro de Mérito Grau Máximo da Vila de S. Paio de Oleiros, sua terra de nascimento e de residência, na categoria de "Dirigente Associativo no ativo, pelas décadas de trabalho desenvolvido no Associativismo Local, sobretudo na Presidência da Direção da Biblioteca Pública de S. Paio de Oleiros.