domingo, 2 de novembro de 2008
O menino Mozart
Mal chega ao teclado
mas cria. Mas toca.
Seus dedos se estiram
procurando as notas.
Brilha em seu olhar
luz bem funda e clara
que provém das coisas
que há no outro lado.
Sua mão de menino,
frágil, aplicada,
deixa gatafunhos
e borrões na pauta.
Mas nasce uma música
limpa e milagrosa,
um rio em torrente
que dele transborda.
Pássaro celeste.
Semi-arcanjo Mozart.
Ouvi-o. Deus fala
pela sua boca.
Carlos Murciano
(tradução de Anthero Monteiro)
Poeta español, musicólogo, crítico literário e de arte, contista, galardoado com inúmeros prémios.
N. emArcos de la Frontera -Cádiz, em 1931.
Autor de, entre outros livros, El Alma Repartida, Viento en la Carne, Tiempo de Ceniza.
mas cria. Mas toca.
Seus dedos se estiram
procurando as notas.
Brilha em seu olhar
luz bem funda e clara
que provém das coisas
que há no outro lado.
Sua mão de menino,
frágil, aplicada,
deixa gatafunhos
e borrões na pauta.
Mas nasce uma música
limpa e milagrosa,
um rio em torrente
que dele transborda.
Pássaro celeste.
Semi-arcanjo Mozart.
Ouvi-o. Deus fala
pela sua boca.
Carlos Murciano
(tradução de Anthero Monteiro)
Poeta español, musicólogo, crítico literário e de arte, contista, galardoado com inúmeros prémios.
N. emArcos de la Frontera -Cádiz, em 1931.
Autor de, entre outros livros, El Alma Repartida, Viento en la Carne, Tiempo de Ceniza.