sábado, 4 de outubro de 2008

Poema da utopia


A noite caiu sem manchas e sem culpa.

Os homens largaram as máscaras de bons actores.

Findou o espectáculo. Tudo o mais é arrabalde.


No alto, a utópica Lua vela comigo

E sonha coalhar de branco as sombras do mundo.

Um palhaço, a seu lado, sopra no ventre dos búzios.

Noite! Se o espectáculo findou

Deixa-nos também dormir.

Fernando Namora